Ter ensino superior não é uma exigência para fazer intercâmbio no Japão, mas quem já concluiu a faculdade tem vantagens reais em diferentes etapas do processo — principalmente no que diz respeito à continuidade da vida no país após o curso de japonês.
Neste artigo, falamos especificamente sobre o intercâmbio com visto de estudante para escolas de japonês voltadas a estrangeiros. Essa é uma das formas mais viáveis de começar uma trajetória no Japão, e a formação universitária pode expandir significativamente as possibilidades futuras do aluno.
A Japan Quest é o departamento de intercâmbio do Programa Japonês Online, a maior escola de japonês do Brasil. Nosso papel é oferecer informação transparente e orientação prática para quem deseja construir um projeto de intercâmbio sólido, com base nas regras reais e no que é possível fazer dentro da legalidade.
Possibilidade legal de migrar para o mercado de trabalho
A principal vantagem de embarcar para o Japão já com o ensino superior completo é que, ao concluir o curso de japonês em uma escola para estrangeiros, o aluno pode migrar diretamente para um visto de trabalho — desde que contratado por uma empresa japonesa.
Essa possibilidade só existe para quem possui um diploma de licenciatura ou bacharelado. Formações de tecnólogo não são aceitas nesse processo de migração direta para trabalho.
Além disso, o emprego não precisa ser exatamente na área da formação feita no Brasil. O sistema japonês permite certa flexibilidade nesse ponto — o mais importante é a formação superior reconhecida e a compatibilidade básica com o cargo que será ocupado.
Quem não tem ensino superior, mesmo que conclua o curso de japonês no Japão, não pode fazer essa transição direta para o visto de trabalho. O caminho, nesse caso, envolve continuar estudando ou buscar outros tipos de visto, com critérios diferentes.
Mais opções de escolas e aprovação facilitada
Candidatos com formação superior têm acesso a uma gama maior de escolas de japonês. Isso acontece porque algumas instituições analisam o histórico acadêmico como critério de maturidade e comprometimento.
Esse mesmo histórico também pode flexibilizar exigências como a apresentação de um garantidor financeiro, dependendo da análise feita pela escola.
Ter um diploma de graduação ajuda especialmente quem:
- Está há muito tempo fora do ambiente acadêmico;
- Já passou dos 30 ou 40 anos;
- Precisa reforçar a coerência entre seu projeto e sua trajetória anterior.
Em todos esses casos, o ensino superior funciona como um elemento que fortalece o perfil do candidato.
Planejamento ideal para quem está cursando faculdade
Mesmo quem ainda não concluiu a graduação pode começar a preparação para o intercâmbio. Na verdade, o ideal é que o processo comece ainda durante a faculdade.
A Japan Quest recomenda que estudantes universitários iniciem sua preparação por volta de dois anos antes do embarque desejado. Isso permite que o candidato:
- Estude japonês com calma e consistência;
- Organize seu planejamento financeiro;
- Construa um projeto completo, com todas as etapas bem definidas.
Dessa forma, ao se formar no Brasil, o aluno já estará pronto para embarcar. Esse é um dos melhores momentos para iniciar uma nova etapa no Japão: com o diploma em mãos, idade favorável, preparação linguística em andamento e o suporte certo.
Mesmo com diploma, é possível seguir estudando no Japão
Mesmo com ensino superior completo, o candidato pode decidir continuar os estudos no Japão, caso não atinja um nível de japonês suficiente para trabalhar logo após o curso.
Entre as possibilidades:
- Ingressar em uma escola técnica (senmon gakko);
- Iniciar uma nova graduação no Japão;
- Prestar um processo seletivo para pós-graduação.
Essa continuidade garante que o estudante permaneça legalmente no país, mantenha o visto de estudante ativo e tenha mais tempo para aprofundar o idioma, amadurecer seus objetivos e buscar melhores oportunidades.
O intercâmbio, nesse caso, funciona como uma base para decisões futuras, e não como um fim em si.
Conclusão
Ter ensino superior completo abre caminhos reais para quem deseja fazer intercâmbio no Japão. O principal deles é a possibilidade de migrar diretamente para o mercado de trabalho, se contratado por uma empresa japonesa — uma vantagem relevante e legalmente reconhecida.
Além disso, o diploma ajuda na aceitação por parte das escolas, reforça o perfil do candidato e pode até suavizar algumas exigências do processo.
Mas é importante lembrar: quem não tem ensino superior também pode embarcar, estudar japonês e construir sua trajetória com planejamento. Cada perfil tem suas particularidades — e o papel da Japan Quest é justamente orientar de forma personalizada, de acordo com o ponto de partida de cada aluno.